“s.f. Faculdade de fazer ou de não fazer qualquer coisa, de escolher.
Independência: conquistar a liberdade.”
Será se apenas supomos ser somos livres?
Será que toda aquela luta contra a ditadura foi apenas um conto de fadas?
“Estado oposto ao do cativeiro ou prisão: pôr um prisioneiro em liberdade; à escravidão: dar liberdade a um escravo; ao constrangimento: falar com inteira liberdade.”
Em pleno 2013 estamos regredindo tanto que temo que daqui a pouco sejamos homens e mulheres das cavernas usando tabletes, ipod, e redes sociais.
É terrível essa constatação, de que não somos livres para respirar ou até mesmo viver nossas próprias vidas, ter nossas próprias ideias, até mesmo amar.
Acreditem, em pleno século XXI, há quem tente nos proibir de amar e ser amado, nenhuma ditadura é pior do que essa!
É ainda mais grave o fato de alguém usar as palavras da bíblia para dizer que o amor entre um homem e uma mulher não existe, a menos que essa mulher seja a mãe desse homem, e que o amor de um homem para com a mulher: “ termina logo,logo em briga e até em assassinato”.
Em meus tempos de psicologia, encantada por Freud, lia que o amor exacerbado de um homem para com sua mãe, significava tratar-se de um complexo de Édipo, trauma que pessoas carregam ao longo da vida e não conseguem manter relacionamentos com mulheres que não sejam como a figura de suas mães.
Não estou dizendo com isso que seja errado morrer de amores para com suas mães, tenho filhos, e adoro que eles me amem, mas eles sabem o lugar que ocupam em minha vida.
Essa semana, postei uma foto minha com meu amado esposo num espaço: Google+ com uma poesia que fiz pra ele, e escrevi na foto o seguinte dizer: Amor pra toda vida!
Eu o amo pra toda vida sim! Esse é o meu sentimento, a minha vontade, tive a sorte de conhecer um homem honesto, bom, gentil, sensato, que cuida de mim e dos meus filhos e acima de tudo, me respeita demais, como não amá-lo? Como vou pensar em brigar com esse homem, ou se esse amor vai durar ou não, ou pior, como vou pensar em assassinato?
Isso tudo me fez refletir o seguinte:
Estamos sabendo mesmo fazer uso das redes sociais?
Os norte americanos acham que não, que Brasileiro quando se mete a fazer uso de uma rede, logo estraga tudo, o próprio criador do facebook, disse isso:
“O canal de notícias CNN disse que Mark Zuckerberg está triste com o comportamento dos brasileiros na rede social Facebook. "Se por um lado, os brasileiros fazem o Facebook crescer, por outro estragam tudo”
Generalizam-nos, por conta de alguns, eu vejo pessoas fazendo bom uso das redes, vejo pessoas desaparecidas terem sido localizadas, devido aos compartilhamentos de fotografias ou histórias, vejo que pessoas de com coração tirando animais das ruas e conseguindo pra eles novos lares, eu mesmo já fiz isso, e nunca me senti tão útil.
O que me assusta nisso tudo é que pessoas usem essas mesmas ferramentas para escrever o que um cidadão que num devido site falou ser contra:
“BULLYING, A PEDOFILIA, A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA, DROGAS,DESIGUALDADE RACIAL, VIOLÊNCIA NA ESCOLA, TABAGISMO PARA ADOLESCENTES “
Comentou na postagem em que estava à foto que citei ai em cima o seguinte:
“Amor pra toda vida, só de mãe, querida - o resto termina logo, logo em briga e até em assassinato. Iludidaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa”
Primeiro o google+ é meu, o marido é meu, o sentimento é meu, e eu não convidei esse cidadão para fazer parte de minha rede, apenas o aceitei, isso não lhe dava o direito de escrever o que escreveu em uma fotografia de amor, se ele acha que o amor entre um homem e uma mulher é incapaz de existir guarde isso pra ele, ou dê sua opinião quando consultado.
Bem essa é minha forma de demonstrar indignação, não vou ficar trocando farpas com ninguém, o mundo anda precisando é de paz e muito amor, não de coisas toscas como essas, não quero fazer parte dessa coisa que acho tão vulgar e suja.
Então toda vida que sentir que alguém ultrapassar os meus limites, eu vou ter essa atitude sim!!!
Pessoas como eu morreram, foram exilados, transfigurados, agredidos, presos, para que outras pessoas pudessem expressar o que sentiam o que queriam ou como gostariam de viver.
Quero ter a liberdade que sonhou Belchior
“Para abraçar meu irmão
E beijar minha menina
Na rua
É que se fez o meu lábio
O seu braço
E a minha voz...
”
Janaina Cruz